Comentário à política em Ourém, ii.

João Moura, no Notícias de Ourém:

1) "Louçã tritorou internamente Joana Amaral Dias, tornando-a mais cobiçável aos olhos dos outros." - Então a culpa é tão só do Louçã, e não do PS; para o PS apenas fica o mandamento não cobiçarás a mulher alheia, mas isso só releva para efeitos de julgamento final.

2) "Bloco de Esquerda é um perigo para a sociedade (...) tudo o que finge ser mas na verdade não é." - Todos sabemos que o que é não é pela simples razão de ser relativo, e que a verdade é apenas a realidade fingida; já se conta a priori com o que pode vir do bloco, por isso o que o bloco finge ser mas não é, afinal é porque já se estava à espera que não fosse. Que diabo, ninguém se queixa das fintas do mustang...

3) "O problema reside no facto de muiitos tipos descontentes 'descarregarem' o seu voto nos tipos do Bloco, do tipo despejo de raiva de quem está insatisfeito e revoltado, no partido mais revoltoso" - Bem, que se saiba desde já é que o problema de Portugal é não ter tido uma revolução a sério; e um tipo revoltado votar no partido mais revoltoso não é nenhuma admiração: chama-se coerência! (palavra pouco gasta para aqueles lados...)

4) "Os meus desabafos são isso mesmo... desabafos." Bom, desabafos serem desabafos, que é que se estava à espera? Que fossem lamentos?, já para não falar da questão do ser e de serem aquilo que são. E depois ainda fala em sentimentos de alma... Os desabafos não são sentimentos de alma. Quanto muito suplementos, porque dispensáveis para os outros (pese embora o trocadilho J.H. - os dele, os dele apenas).

Tello de Menezes.